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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pirataria

Terminou a enquete sobre pirataria. Mas mesmo com uma amostra tão pequena, conseguimos obter 3 votos a favor e 3 contra, sendo apenas 1 extremo de cada lado. Há poucas semanas vi um programa no multishow que parecia que ia tratar do assunto e por isso parei pra ver. Foi a única vez que vi o programa MOB, então não sei se foi só esse que fracassou. Achei realmente uma porcaria, pois pensei que teria discussão sobre a pirataria, diferentes opniões sendo discutidas. Começou com a Didi e uma galera que ia organizar um ato sobre a pirataria, e um cara entendido do assunto que poderia acrescentar algo construtivo. Esperei por um bom tempo, mas o cara não falou nada. A Didi perguntou pros participantes se eles eram contra a pirataria, e todos se declararam a favor. Um teve a audácia de dizer algo como: “pra que o cara faz uma música boa se não quer que os outros possam ter acesso?” Pensei: - “por que fazer um carro potente se quase ninguém pode comprá-lo?” O programa foi perdido com eles planejando que seriam 2 filas de “siga seu mestre”, como se uma fila fosse a favor e outra contra, e ambas estavam vestidas de pirata e com espadas de jornal. O mais legal do programa foi um cara fazendo um vídeo pra colocar no youtube e convocar as pessoas para o ato. No final, as filas desfilaram pela rua, invadiram o CINESESC e ficaram lutando de espadinha. Realmente fiquei muito decepcionado pela mobilização não ter passado de um bando de bundão voltando a infância.
Eu sou das pessoas que baixo coisas na net (se bem que hoje muito menos do que ha alguns anos), mas não compro pirata. E quando realmente valorizo a obra eu compro o original (apesar de normalmente usar uma cópia para ouvir no carro). Estava pensando em quantas bandas conheci pelo fácil acesso pela internet. Eu baixei bandas que nunca tinha ouvido, ou seja pelo nome, ou por indicação de amigo ou da lastfm. Weezer eu acho que foi a primeira banda que conheci a discografia pela net, e hoje tenho 2 CDs deles. Eu baixei a discografia do Nação Zumbi e hoje tenho 3 cds originais da banda (em busca do 4º), e já fui em mais de 10 shows. Pink Floyd é outro que baixei a discografia, mas paguei 50 contos pelo DVD The Wall e o dobro pelo show. Easy Star All Star eu também baixei todos os CDs e quando teve o show do Dub Side eu estava lá na frente, já ouvi esse CD algumas milhares de vezes e apresentei pra várias outras pessoas. Então às vezes, a pirataria acaba tendo seu lado positivo, pois é uma divulgação maravilhosa. Mas o foda é pensar no artista que gravou, e que mesmo conseguindo cativar um público, não consegue vender CDs. Eu falei aqui uma vez sobre SMD, mas talvez ainda uma galera não conheça então aí vai a matéria de quando foi lançado explicando como funciona e a ideia de ser uma força contra a pirataria. O que eu quero aqui é que você pare pra pensar. Seja a favor ou contra a pirataria, pense se você fosse o artista o que você acharia da pirataria? Hoje as pessoas são muito focadas no próprio umbigo, vamos tentar deslocar um pouco essa visão só pra refletir de vez em quando. Temos de pensar num jeito eficaz de salvar o mercado fonográfico, pois nós dependemos dele. Afinal, quem não gosta de música?

3 comentários:

Natasha de Pina disse...

Sempre me achei um pouco exagerada demais com esse lance de pirataria. Acho que é sacanagem, sim, baixar música pela internet. Baixar um CD todo, então, po! Penso nos artistas que ralam bastante para receber aquela merrequinha. Por outro lado, penso também que um artista não é feito somente de CD. Foi o que vc mesmo colocou, Leandro: vc baixa músicas pela net, mas vai aos shows. E chega a comprar um CDC na vida e outro na morte. Beleza. O cara, o artista, vai receber o dele de alguma forma. E todos aqueles que participaram da confecção do CD? Eles também recebem no caso de um show? Acho que não, né? Será que, com esse discurso, vc não tá dando tiro no próprio pé? por que, ao que tudo indica, o objetivo disso tudo aqui é produzir um CD, certo? Como é que fica o seu lucro se a galera sair baixando as músicas do Sudano só pela net... Não sei... Não dá para ignorar o poder da internet em termos de divulgação (dá até para pensar na tal da Malu Magalhães, que foi até para o Faustão), mas penso na grana dos envolvidos na produção do CD,por exemplo... Eu, sinceramente, sei que tenho que me aprofundar no assunto....

Unknown disse...

pra mim quem pensa no próprio umbigo são os artistas que querem lucrar com seus discos!

o que vem acontecendo na internet e é erroneamente chamado de "pirataria" é uma verdadeira revolução, que não só permite o acesso do público como possibilita que cada vez mais artistas cheguem a cada vez mais pessoas

ou seja, o mercado fonográfico muda mas não acaba, a parada agora é tentar se adaptar da melhor forma... mas podem ter certeza que a disnobilidade gratuita de músicas para baixar veio pra ficar! e isso é muito bom!

leiam o manifesto do movimento Música Para Baixar, que conta com o apoio de grande parte da classe artística:

http://www.petitiononline.com/mpb/petition.html

Saiba mais sobre o Oficijus disse...

Depois de analisar muito esse lance de baixar música pela net, eu percebi o seguinte. Quem perde com isso não é o artista e sim a gravadora. Ora, as gravadoras se originaram simplesmente para divulgar os artistas, que antigamente não tinham meios para isso, e dependiam delas para divulgar seus trabalhos nas mídias existentes na época (radio, cinema e televisão. Com isso as gravadoras dominaram o mercado fonográfico e passaram a a acumular e arrecadar milhões e milhões em dinheiro, a ponto de perder totalmente a característica principal de produzir música. Com o tempo as gravadoras perderam a característica de música e passaram a produzir simplesmente "DINHEIRO". Hoje as gravadoras não passam de manipuladoras da massificação cultural musical, determinando o que devemos escutar ou não, arrecadando dinheiro e pagando “jabás” nas mídias radiofônicas e televisivas. Tanto as músicas quanto os artistas passaram a ser um produto descartável e desprovido de qualquer qualidade. Assim as gravadoras querem se manter no mercado apenas para continuar produzindo "money" e não música. Então para que precisamos delas? Eu vejo a internet como uma “providência divina” contra esse abuso cultural. Ela (a internet) vem como uma forma dos artistas e o público se libertarem dessa tirania cultural.

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