Bom, primeiramente, aos quem não sabem ECAD , é um órgão sem fins lucrativos, que administra o banco de dados de aproximadamente 1,4 milhão de obras musicais, 665 mil fonogramas e 279 mil titulares de música cadastrados, sendo considerado um dos maiores da América Latina. O ECAD arrecada de usuários de música (radios, shows, boates, lojas comerciais, salões, consultórios, moteis, academias, etc.) e depois distribui 17% em diversas associações que por sua vez repassam 7% aos titulares do direito que estão cadastrados por aquela associação. (Quem quiser ler mais sobre a distribuição) . Então, se você entendeu, percebeu que, se pretende receber algo por ter sua música reproduzida em algum lugar, é melhor pesquisar as associações para se filiar no cadastro do ECAD. Existem muitas. Vou tentar citar algumas para ver se ilumino alguém (ou a mim mesmo). Eu olhei todos os sites que vou citar aqui, porém os que encontrei mais detalhes sobre a área de atuação no exterior, e as especificações sobre quais contratos tem com cada país foram o site da Abramus e da UBC. O site da Socimpro também achei muito bom, com muitas informações úteis, mas peca por não ter a área de abrangência. Também tem os sites do Sbacem, da Amar e do Sicam. Se você quiser também, pode dar uma olhada na lista de todas associações do ECAD. Não é obrigatório que o produtor seja da mesma associação, até porque os contratos em cada país podem contemplar ou não o produtor e/ou o artista, por isso dei tanta importância a transparência da abrangência internacional. Com o novo mercado fonográfico, com as musicas baixadas em celular, e essa globalização cada vez mais aparente, temos que pensar na possibilidade de expandir fronteiras. O Japão é um forte consumidor de música brasileira. Tem países da Europa que são consumidores de musica eletrônica... Você tem que pensar no seu mercado e até aonde sua música pode chegar. Ou não, eu decidi escolher assim e por isso a Abramus e UBC sairam na frente na minha opnião. Outra coisa que achei muito legal nestes 2 sites é a facilidade de indicar um show autoral que você vai fazer, afim de algum representante do ECAD ir ao lugar para fazer a arrecadação. Mas é isso: escolha. A qualquer momento você pode pedir o desligamento de uma associação e ir para outra. Leia as regras de inscrição da associação escolhida e mande o repertório e peça para o produtor fonográfico fazer o cadastro do ISRC de todo fonograma gerado. Esta parte é importantíssima e fica para o próximo post, mas muito cuidado: existem muitas pessoas se aproveitando da inexperiência dos músicos e fazendo o cadastro ERRADO. E o que acontece? Se a música ficar famosa e tocar na novela, na rádio ou em qualquer lugar, as pessoas que vão ser remuneradas serão as descritas no ISRC do fonograma. O ISRC é o registro definitivo do fonograma e é nele que obtemos todas as informações da gravação.
segunda-feira, 1 de março de 2010
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9 comentários:
Parabéns , muito boas e entendíveis informações...Jorge Guedes
Muito obrigado! Esclareceu parte das minhas dúvidas.
Ola! Eu me considero um compositor digo isso pois ainda não tenho documentos que comprova como tal. Mas tenho mais de 200 letras de músicas as quais a maioria são grandes composições,como fazer para ser reconhecido e coloca-las no mercado?
Muito bom o seu texto. Só uma observação. Quer ficar rico? abra uma entidade sem fins lucrativos... O ECAD recolhe e distribui (só) 17%, aí vem as Editoras e repassam (só) 7%.
verdade achei isso muito pouco,mas como fazer isso meu amigo se puder me informar agradeço, sou de Uberlândia mg
34988727063
Qual é a melhor a ABRAMUS ou UBC?
Olá irmão, Me chamo Pedro Aleixo, sou compositor e cantor, Se você é bom nisso mesmo, por que não canta-las? de onde você é?
Se quiser manter contato anota meu insta aí @pedroaleixoficial
ECAD,"entidade sem fins lucrativos": só distribui 17% do recolhido!!! Por favor, me expliquem...
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